GPS   ::  22 Agosto 2019

As consequências da iliteracia financeira

Termos como hipotecas, empréstimos ou fundos de pensões fazem cada vez mais parte do nosso vocabulário do quotidiano, mas será que sabemos realmente o seu verdadeiro significado?

É indiscutível que nunca houve tanta diversidade e oferta de produtos financeiros nos dias que correm, assim como uma maior possibilidade de os contratar, de uma forma transversal e acessível a toda a sociedade. O problema é que as pessoas nem sempre têm um real conhecimento do que representam e que poderá levar a que se cometam erros.

O Banco Mundial, num relatório sobre educação financeira, elaborado em conjunto com a George Washington University e a Standard & Poor’s, refere que “a ignorância financeira acarreta custos significativos”.

O relatório mostra que os consumidores que menos entendem o conceito de juros compostos têm mais despesas, acumulam mais dívidas e pagam taxas de juros mais altas nos seus empréstimos, além de pouparem menos. Por outro lado, aqueles que revelam conhecimentos sólidos sobre o mundo financeiro programam melhor as suas reformas e diversificam mais os seus investimentos.

Apesar de todos reconhecerem a importância da literacia financeira, o mundo atual não está preparado para os dados do contexto atual: apenas uma em cada três pessoas pode ser considerada “alfabetizada” no que a conhecimentos financeiros diz respeito.

Quem revela menor grau de educação financeira

Independentemente do grau de desenvolvimento da economia, pessoas com menos recursos e menor grau de educação revelam um menor conhecimento dos termos financeiros.

Globalmente, 35% dos homens podem ser considerados informados em termos financeiros, em comparação com 30% das mulheres. Por outro lado, as mulheres tendem a mostrar menos conhecimento do mundo financeiro, independentemente da idade, origem, nível de escolaridade e rendimento.

As pessoas com mais poder financeiro também apresentam mais conhecimentos nesta área. Nas economias emergentes, 60% da população mais rica detém 31% do conhecimento financeiro. Já os de classe média-baixa detém 23%.

Essa lacuna é semelhante na maioria das economias desenvolvidas.

Os consumidores de produtos financeiros

Os usuários que dominam o acesso a serviços financeiros vêem os mesmos como um apoio para a sua vida corrente. Já as pessoas que usam produtos financeiros, e não sabem ao certo como funcionam, estão mais perto de sofrer um “desastre financeiro”, como a acumulação de dívidas elevadas ou uma falência pessoal.

Nesse sentido, e para que se sinta mais confiante, procure informar-se recorrendo a livros, vídeos explicativos disponíveis nas principais plataformas de partilha ou sites de economia e negócios.

Nós também queremos contribuir para que aprofunde os seus conhecimentos sobre finanças e economia, por isso, nos próximos meses, publicaremos artigos sobre conceitos básicos que relacionados com estes dois conceitos.

 

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