Poupança   ::  2 Janeiro 2020

Erros comuns no planeamento financeiro (e como evitá-los)

Um bom planeamento financeiro exige, antes de mais, muita disciplina. Nada se consegue sem foco e sem esforço. O compromisso pessoal que põe nas coisas, seja poupar, ir ao ginásio, tirar um curso ou fazer uma dieta, vai depender do seu empenho. Mas acredite pode fazer toda a diferença na sua vida.

O que custa mais é começar, porque alterar rotinas e adotar novas práticas financeiras pode ser complicado. É necessário que seja organizado, tenha disposição e tempo para promover as mudanças necessárias.

Cinco crenças limitam ou impedem a sua poupança

Crença 1: Pensar que só quem tem muito dinheiro é que consegue poupar

As pessoas costumam dizer que, por ganharem pouco, não conseguem fazer um bom planeamento financeiro. Está provado que os pequenos gastos ou despesas são o que mais foge do controlo das pessoas e, repetidos muitas vezes, prejudicam o orçamento.

A ideia do controlo e do planeamento financeiro não é proibir os gastos, mas identificar os mesmos para que cada um possa alcançar um maior equilíbrio e gastar de acordo com as suas possibilidades. A regra é simples: se gastar menos pode poupar mais.

Crença 2: Ter de desistir dos seus sonhos por causa dos investimentos

As pessoas não olham para os investimentos como algo necessário. A maioria considera que não tem possibilidade de investir porque não lhes sobra dinheiro para tal.

A regra deve ser: definir um percentual das receitas para seus investimentos e adequar o seu padrão de consumo de acordo com esta realidade. Pode-se investir para realizar os sonhos, sejam eles comprar uma casa, fazer uma viagem ou algum outro desejo que se tenha.

Crença 3: Achar que investimentos e fundo de emergência são a mesma coisa

Um bom plano financeiro leva em consideração a necessidade de manter um fundo para emergências.

A reserva financeira tem um objetivo específico de atenuar o impacto de situações de crise que possam surgir e, por isso, esta poupança não deve ser misturada com investimentos.

Uma boa reserva para o fundo de emergência deve contemplar a possibilidade de seis meses de gastos sem rendimentos, caso necessite.

Crença 4: Achar que os bancos resolvem todos os seus problemas

O relacionamento das pessoas com os bancos é baseado sobretudo na confiança. Saber que existem profissionais que nos ajudam com o dinheiro é muito importante, mas não são empréstimos, cartões de crédito e outros produtos do género que vão resolver os problemas financeiros de cada um.

Crença 5: Acreditar que contratar os serviços dos profissionais da área é uma perda de tempo e de dinheiro

Se um dos erros das pessoas é sobrevalorizar o papel do gerente bancário, outro que prejudica os resultados do planeamento financeiro pessoal é a pouca valorização dos profissionais que trabalham nesta área.

Claro que contratar estes serviços não é barato, mas pode significar uma enorme economia de gastos ao longo dos anos. Um bom profissional poderá ainda indicar os melhores investimentos, que farão toda diferença no decorrer do tempo.

Planeamento Pessoal = Sucesso Financeiro

  • Faça um ponto da situação da sua real situação financeira e patrimonial.
  • Liste os seus objetivos.
  • Faça uma lista com o que deseja conquistar no curto, médio e longo prazo. Dê valores a cada um desses objetivos.
  • Reavalie anualmente o seu planeamento para ajustá-lo ao atual cenário económico.
  • Elabore um plano para renegociar e eliminar as suas dívidas.
  • Economize e invista pelo menos 10% dos seus rendimentos mensais.
  • Crie um fundo de emergência capaz de sustentar a sua família por, pelo menos, seis meses sem rendimentos.

 

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