Será que o teletrabalho veio para ficar ou vai ser apenas um complemento do trabalho presencial? Antes da pandemia já havia empresas que permitiam aos seus funcionários o home office, ou seja, um dia por semana em que podiam trabalhar a partir de casa, poupando recursos e ganhando tempo. Qual será o formato ideal para o futuro pós-pandemia?

O Fórum para a Competitividade reuniu-se este mês e, desse encontro, resultou a publicação das “Perspetivas Empresariais” do primeiro trimestre, em que se refere o que já prevíamos: nada será como dantes, haverá sim uma nova normalidade.

A partir de agora, as empresas vão perceber melhor as vantagens do teletrabalho, os saltos tecnológicos que podem dar, reduzindo o tempo e a energia nas deslocações para o trabalho.

Portanto, daqui para a frente, o normal será um regime de trabalho misto, onde se alternam uns dias no escritório e outros dias em casa.

Como já falado, neste sentido é necessária uma legislação mais efetiva que proteja os trabalhadores, seja pela definição de igualdade de quem trabalha em casa ou no escritório, seja nos horários de trabalho, proporcionando uma relação equilibrada entre a empresa e o teletrabalhador.

Trabalhar em casa tem sido alvo de alguns excessos, em que os trabalhadores se queixam de terem de estar mais tempo online e a quem é pedido que enviem relatórios e trabalhos fora de horas.

Aliás, a vida das pessoas tem sido muito afetada por estes novos horários laborais. Como refere o mesmo relatório, “a crise vai gerar disrupções na maneira como comemos, trabalhamos, fazemos compras ou exercício físico e gerimos a nossa saúde”. Tudo passará a ser mais digital, com pagamentos online, consultas e compras online.

Por um lado, as pessoas pouparão em tempo, mas todos os seus passos serão muito mais vigiados e cruzados no sistema. Nesse sentido, nunca tanto como agora se deve falar em cibersegurança e em proteção de dados.

Os governos também terão de estar mais sintonizados com as empresas para juntos saírem de crise.

O teletrabalho vai mudar bastante a forma como as pessoas vivem, sendo que o pragmatismo de reduzir as despesas ao essencial e a ausência de desperdício devem vingar nestes novos tempos.

Eventualmente as pessoas terão mais tempo de qualidade e trabalharão melhor.

O tempo permitirá limar estes novos hábitos.

A informação contida neste artigo tem caráter meramente informativo, não devendo nem podendo desencadear ou justificar qualquer ação ou omissão, nem sustentar qualquer operação ou ainda substituir qualquer julgamento próprio dos leitores, sendo estes, por isso, inteiramente responsáveis pelos atos e omissões que pratiquem. O Banco BNI Europa declina, desde já, qualquer responsabilidade pelas decisões, ou pelos resultados que resultem, direta ou indiretamente, da utilização da informação contida neste artigo, independentemente da forma ou natureza que possam vir a revestir.