Poupança   ::  1 Agosto 2019

Como criar e quando usar o seu fundo de emergência?

Falamos do famoso pé-de-meia, uma reserva de dinheiro que não deve canalizar para despesas correntes mas deixar apenas para situações de emergência.

Um dos conselhos financeiros mais dado por especialistas é que tenha uma poupança para situações difíceis ou imprevistas que possam surgir.

Este dinheiro deve ser aplicado no banco e esquecer-se que ele existe no dia a dia. Claro que se chegar a uma situação limite, em que as alternativas a usá-lo seria endividar-se então deve fazer uso dele, mas nos meses seguintes faça por repor a sua almofada financeira.

Onde não deve gastar o seu fundo de emergências

  • Taxas, Impostos anuais e despesas únicas

Muitas pessoas são apanhadas desprevenidas por cobranças que chegam uma vez por ano, como por exemplo os impostos sobre imóveis – IMI, o IRS, os seguros e impostos sobre veículos – IUC, entre outros. Só que estes custos não devem ser referenciados como emergências, porque na verdade são custos fixos. E mesmo que não saiba ao certo o valor que precisa de guardar previamente, sabe de antemão que são compromissos que terá de honrar. Portanto nestes casos deve prever no seu orçamento estes gastos.
Se não tem possibilidade de os pagar de uma vez, guarde algum dinheiro todos os meses até à altura do pagamento.

  • Despesas ocasionais e imprevisíveis

Algumas pessoas usam o fundo de emergência para pagar despesas que não estavam estipuladas no orçamento, mas que, mais cedo ou mais tarde, podem surgir. Por exemplo, toda a gente prevê que um dia um eletrodoméstico vai estragar-se ou vai ter um problema com o carro. É normal que aconteça, ainda que não seja possível determinar quando. Idealmente, não deve usar o seu fundo de emergência para pagar este tipo de despesa, deve sim fazer uma outra poupança para estas situações.

Quando pode e deve usar a sua poupança

Normalmente, os problemas não têm aviso prévio, por isso, mesmo quando estamos confiantes, podem surgir problemas. E falamos de problemas graves como perder o emprego, ter uma doença grave ou uma despesa médica imprevista. Nestes casos sim, deve usar o seu fundo de emergência.

Como criar o seu próprio fundo de emergência?

Especialistas em finanças recomendam a construção de um fundo de emergência que cubra pelo menos três a seis meses de custo de vida.  A ideia é que o fundo seja suficientemente sólido para pagar as despesas de alguns meses se estiver doente ou perder o emprego. Para determinar o valor de que necessita, calcule os seus gastos mensais. Essa será a sua referência de valor a poupar.

Se trabalha por conta própria deve rodear-se de cuidados extra, porque pela sua situação mais instável, está mais suscetível a imprevistos. Então o ideal é que possuam uma reserva que cubra um ano de despesas.

Aplique o dinheiro numa poupança de baixo risco, porque a ideia é ter uma reserva rápida de resgatar caso necessite de um dia para o outro.

 

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