Investimento   ::  28 Maio 2020

Como investir na Bolsa

A Bolsa é uma opção tentadora para quem quer rentabilizar o seu dinheiro, no entanto envolve riscos. Por isso é importante informar-se bem antes de investir. Por outro lado, é importante diversificar os investimentos para que possíveis perdas sejam compensadas com ganhos noutros produtos.

As ações sempre foram apelativas, tanto para investidores que querem rentabilizar as suas poupanças, como para empresas que usam este método para financiarem o seu crescimento, captando recursos, (através de capital próprio ou da emissão de dívida).

Estes investimentos são muito valorizados comparativamente com os depósitos normais, onde as taxas de remuneração são substancialmente mais baixas. No entanto, é importante ter em conta que os depósitos a prazo praticamente não envolvem risco, ao contrário das ações.

Mas se pretende tornar-se um investidor, aqui ficam algumas sugestões dos cuidados que deve ter antes de investir na Bolsa:

Estude – A sua literacia financeira é fundamental para bem investir bem. Avalie a realidade da bolsa, os ativos disponíveis e os mercados. Verifique ainda os riscos associados.

Conheça o produto em que vai investir – Procure conhecer a empresa em que pretende investir, quais as expectativas de evolução do negócio, o seu desempenho, a expectativa de remuneração do investimento, os dividendos que habitualmente paga e qual o histórico da cotação.

Diversifique – Veja a bolsa como uma possibilidade para aplicar uma parcela da sua poupança/ investimento. Aposte em diferentes ativos para sua segurança. Assim, se um correr menos bem, outros podem compensar.

Procure investimentos adequados ao seu perfil de risco – Nem todos temos o mesmo perfil de risco. Se a sua margem de tolerância à perda não é grande, não invista em produtos de alto risco.

Use dinheiro que não lhe faz falta – Assim, mesmo que perca o dinheiro ou parte dele, não lhe fará tanta falta como se depender desse capital para viver.

Muito importante ainda é ter uma noção clara sobre a dinâmica do mercado. Ou seja, identificar fatores que podem influenciar (negativamente ou positivamente) as oscilações de preço. Estes fatores podem ser os mais diversos, muitos previsíveis e outros nem tanto.

Quando compra obrigações está a adquirir dívida de determinada entidade que, em contrapartida, devolverá este capital no final de determinado período de tempo, mediante o pagamento acrescido de uma taxa de juro. Ou seja, teoricamente, as obrigações representam um risco menor que outros ativos financeiros.

Além das obrigações e ações, a Bolsa negoceia ainda um vasto leque de veículos como por exemplo os Exchange Traded Funds ou ETFs; os Contracts for Difference ou CFD ou os Futuros.

Tratam-se de produtos complexos e desaconselhados a “estreantes” mas, não obstante a seu potencial de rentabilidade, são mais indicados para investidores mais preparados e com menor aversão ao risco.

Como pode operacionalizar o seu investimento?

Por via indireta, “as famílias têm oportunidade de comprar unidades de participação em   fundos de investimento”. Estes fundos são criados e geridos pelas sociedades gestoras dos fundos de investimento que, com carteiras diversificadas de ativos, têm a vantagem de apresentar diferentes perfis de risco. Ou seja, “estes fundos de investimentos têm uma composição de obrigações, ações, ou outros instrumentos com cotação em bolsa”.

Paralelamente, o investidor pode antes optar por, ele próprio, abrir conta num intermediário financeiro para gestão das suas poupanças em Bolsa. Ou seja, o investidor escolhe os ativos que lhe interessam e aquela entidade assegura a sua aquisição mediante o pagamento de uma comissão (fee). Este intermediário pode ser, mais uma vez, um banco ou uma entidade de intermediação financeira.

GLOSSÁRIO

Ação (ou Ação Ordinária): Valor mobiliário de uma participação social em sociedade anónima cujo proprietário tem direito a votar nas assembleias gerais, ao recebimento do dividendo (se existir) e à quota-parte do capital próprio em caso de liquidação da sociedade.

Activo Financeiro: Activos intangíveis (sem existência física) cujo detentor ou investidor tem direito ao recebimento de benefícios em data futura mediante o seu pagamento pela entidade que o emitiu.

CFD (Contracts for Difference ou Contratos Diferenciais): Trata-se de um contrato diferencial entre duas partes, comprador e vendedor, sendo que o vendedor pagará ao comprador a diferença (se positiva) entre os valores de mercado de um ativo à data de fecho e à data de abertura das posições assumidas em contrato.

Contrato de Futuros: Contrato padronizado, reversível, de compra e de venda de uma dada quantidade e qualidade de um ativo (financeiro ou não) numa data futura específica, a um preço fixado no presente. Pelo contrato de futuros, o comprador fica vinculado ao pagamento do preço acordado e o vendedor fica vinculado à entrega do ativo nas condições acordadas.

ETF (Exchange Traded Fund): Fundo de investimento aberto admitido à negociação em bolsa que visa obter um desempenho dependente do comportamento de determinado indicador de referência (um índice, um ativo ou uma estratégia de investimento).

Fundo de Investimento: Organismo cuja finalidade é o investimento coletivo das poupanças de investidores (designados participantes), em função do princípio da diversificação de riscos e à prossecução do exclusivo interesse dos participantes.

Obrigações Clássicas: Valores mobiliários representativos de uma dívida que confere ao seu titular o direito ao recebimento periódico de juros durante a vida útil do empréstimo e ao reembolso do capital na respetiva data de maturidade.

Fonte: CMVM

 

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