Se pretende contratar um seguro automóvel, invista algum tempo a analisar as diferentes ofertas no mercado. Pode até parecer-lhe perda de tempo fazer várias simulações de seguros mas, provavelmente, essa análise vai reflectir-se de forma positiva na sua carteira, evitando contratar serviços que provavelmente nunca vai usar.

Se existe uma área em que desperdiçamos muito dinheiro, é nos seguros. Isto porque as ofertas de cobertura são totalmente distintas e, habitualmente, contratamos coisas que não são necessárias. Em função dessas escolhas, os preços são totalmente distintos. Portanto, o primeiro passo para poupar, é fazer simulações de cobertura em várias seguradoras. E a maioria até já permite que se faça online, apresentando o valor final no momento. Outra informação importante é que os seguros não têm de ser pagos anualmente, existindo a opção de pagar ao semestre ou ao trimestre, sendo que nestes casos o valor aumenta.

Seguro Contra Terceiros vs Seguro de Danos Próprios

Antes de mais, é importante referir que o seguro automóvel tem um carácter obrigatório. Ou seja, se circular na estrada sem seguro, incorre numa contra-ordenação grave que pode levar a uma coima entre 500 euros e 2.500 euros ou a ficar com a viatura apreendida. Portanto, para circular na via pública, tem de ter sempre um seguro. Dentro da oferta de seguros, pode escolher entre várias coberturas, tudo depende de quanto pode/quer gastar e dos riscos que pretende ver acautelados. Existem dois tipos de seguro automóvel: o Seguro Contra Terceiros e o Seguro de Danos Próprios (vulgarmente conhecido como Seguro contra todos os Riscos).

Seguro Contra Terceiros

Este é o mais comum e o mais acessível. Habitualmente contratado por quem tem carros usados e sem empréstimos associados. O seguro automóvel contra terceiros inclui: 

• Danos materiais e pessoais causados a terceiros;
• Danos causados a pessoas transportadas; 
• Pagamento de indemnizações em caso de furto, roubo, furto de uso do veículo e acidentes de viação, provocados com dolo; 
• Viatura de substituição (opcional).

Não inclui:

• Danos da viatura;
• Danos materiais do tomador do seguro;
• Danos corporais sofridos pelo condutor.

Coberturas suplementares que pode contratar e que poderão encarecer o valor do seguro:

• Quebra isolada de vidros;
• Explosões;
• Incêndios;
• Catástrofes naturais;
• Proteção alargada contra roubos e furtos.

Seguro de Danos Próprios

Na gíria, este seguro é conhecido como “seguro contra todos os riscos” mas na verdade, estes seguros não cobrem todos os riscos e, por isso, tecnicamente, não podem ser designados desta forma. O nome correto é por isso Seguro de Danos Próprios. Este seguro cobre os prejuízos sofridos no veículo e pelo condutor, mesmo que este seja o responsável pelo acidente. As coberturas do Seguro de Danos Próprios variam de seguradora para seguradora, mas no geral elas correspondem a:

• Responsabilidade civil que cobre danos a terceiros;
• Danos ao próprio (como riscos, mossas);
• Choque, colisão e capotamento;
• Furto ou roubo;
• Incêndio;
• Fenómenos da natureza;
• Raios e explosão;
• Quebra isolada de vidros;
• Perda total;
• Greves, tumultos e alterações de ordem pública;
• Garantia do valor em novo;
• Atos de vandalismo e terrorismo;
• Veículo de substituição (opcional);
• Assistência médica (opcional)
• Assistência em viagem;
• Privação temporária do uso do veículo;
• Proteção jurídica.

Seguro com ou sem franquia

Um fator decisivo na escolha de um Seguro de Danos Próprios é se o mesmo tem ou não franquia. A franquia é o montante que o tomador do seguro terá de pagar para acionar o seguro. Por exemplo, se um seguro tiver uma franquia de 500 euros, todas as despesas até esse valor são da responsabilidade do proprietário do veículo. Quanto menor é a franquia, mais caro é o prémio do seguro, mas menores serão os custos suportados pelo tomador do seguro em caso de acidente. Pode até contratar um seguro sem franquia.

Fatores a ponderar na hora de escolher o tipo de seguro automóvel

Ao decidir que tipo de seguro escolher, deve ponderar o tempo de vida útil da viatura, o preço da mesma no mercado, a robustez do automóvel em caso de impacto, os quilómetros percorridos ou o tipo de utilização da viatura. Pense se não valerá a pena investir num seguro mais caro, mas que lhe permita uma maior proteção em caso de acidente.

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