Poupança   ::  14 Janeiro 2020

Evite o descontrolo financeiro

Nem sempre é o consumo excessivo o grande responsável pelo descontrolo financeiro. Muitas vezes, a falta de planeamento e de tempo levam ao esquecimento do pagamento de contas, de obrigações e da criação de uma boa poupança.

Problemas de saúde, a perda de emprego ou um divórcio são alguns exemplos de situações que podem também levar a dificuldades. Questões emocionais graves podem deixar a pessoa num estado de apatia ou propensa a cometer excessos, em que gasta mais do deve para suprir alguma carência ou frustração.

Se acha que está a passar, ou tem receio de vir a passar por uma situação semelhante, fique atento a estes sinais:

  • Ter habitualmente contas em atraso
  • Falta de fundos para as suas despesas correntes
  • Pagamento frequente de juros e multas
  • Pagamento da fatura do cartão de crédito sempre pelo valor mínimo
  • Acumulação de pagamentos em prestações
  • Cheques devolvidos
  • Processo de cobranças

Para organizar as suas contas, considere:

  • Fazer uma tabela de excel, contemplando receitas e despesas, para perceber onde eventualmente está a gastar mais do que deve.
  • Avalie a forma como gasta. Reveja as suas despesas e considere a necessidade de cada gasto e se poderiam ser reduzidos, renegociados ou substituídos (no caso da TV a cabo, internet, seguro de saúde etc.).
  • Procure educar-se financeiramente, utilizar os meios de pagamento com consciência e evitar financiamentos longos são formas de evitar dívidas.

Depois de organizar as suas finanças, crie um método de controlo para que o problema não se repita. Estabeleça uma meta de poupança e cumpra com o que definiu.

Como evitar gastos excessivos

Corte os gastos supérfluos, mantendo apenas os itens essenciais como renda ou prestação da casa, condomínio, impostos, luz, água e telefone, alimentação, educação e transportes.

Mesmo nestes, tenha sempre bom senso. Existe sempre possibilidade de otimizar os seus hábitos de consumo.

Tente renegociar as suas dívidas

  • Comece por fazer um levantamento das dívidas em atraso e programe o seu pagamento. Avalie a possibilidade de liquidar a pronto e com desconto as dívidas de menor valor. Estender prazos pode ajudar porque diminui o valor da prestação mas, se em simultâneo não houver uma redução dos juros, o financiamento ficará ainda mais caro.
  • Procure negociar um desconto sobre o saldo devedor: dependendo do valor em questão pode ser possível vender algum bem, ou dá-lo como garantia e liquidar a dívida de forma mais eficiente.
  • Contrair empréstimos para pagar dívidas é uma estratégia arriscada, que exige cautela, e que só é válida se a sua intenção for consolidar várias dívidas numa só, com condições melhores.

Procure orientação especializada

Entidades como a DECO PROTESTE ou o Instituto do Cliente podem ajudá-lo em momentos de dificuldade. Peça apoio para a renegociação das suas dívidas e para conhecer melhor os seus direitos.

 

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