Mundo Fintech   ::  11 Março 2019

O que são Fintechs?

De certeza que já ouviu falar na palavra Fintech, mas sabe o que quer dizer? Se traduzirmos à letra, Fintech resulta da combinação de duas palavras: – financial (financeiro) e technology (tecnologia).

Na prática o significado vai muito além de “tecnologia financeira”. O termo é usado para designar empresas que usam tecnologia intensiva para criar produtos ou prestar serviços na área de finanças.

A propagação da tecnologia de informação e o aumento do acesso à internet possibilitaram um crescimento de Fintechs – em especial na última década. Oferecem produtos ou serviços como homebanking com opção de cartão de crédito ou de débito, concessão online de créditos, seguros, entre outros.

Sendo o grande diferencial destas tecnologias o facto de permitir que os clientes tenham acesso imediato a estes produtos ou serviços, através dos seus computadores, tablets ou telemóveis sem terem de se dirigir fisicamente ao banco.

O seu objetivo não é concorrer com os bancos tradicionais em volume de operações, mas pela oferta variada de produtos e serviços normalmente a baixos custos ou mesmo gratuitos.

Por todas estas razões são muitas vezes designadas de “disruptivas”, ou seja, revolucionários no sistema instituído.

Origem das Fintechs

Este tipo de empresas surgiu após a crise de 2008. A instabilidade das instituições financeiras motivou a procura de novos produtos e serviços. Foi a forma de transformar uma dificuldade numa oportunidade! Quem a aproveitou foram os empreendedores com vontade desenvolver produtos do setor financeiro com recurso às novas tecnologias

Os clientes por seu lado também se têm adaptado com facilidade às Fintechs e à sua oferta.

As Fintechs em Portugal

O número de Fintechs tem crescido em todo o mundo e Portugal não é exceção.

Em 2017 surgiram em Portugal mais de 200 start-ups ligadas ao setor financeiro, incluindo as Insurtech, empresas igualmente associadas ao universo financeiro, mas direcionadas para o setor dos seguros. Se falarmos em Fintech a nível mundial, elas já são mais de 5,5 mil.

A ideia de unir tecnologia a serviços financeiros, no entanto, não é nova. A invenção do multibanco nos anos 60 (o primeiro surgiu em Londres, mas a Portugal só chegou quase vinte anos depois) foi um marco do uso da tecnologia para libertar as pessoas das filas dos bancos. Mas a popularização da internet foi o que realmente permitiu consolidar essa tendência. A década 1990-2000 foi decisiva na democratização do acesso à internet e criou um novo cenário de competição em praticamente todos os setores da economia. Ficou mais fácil e barato criar e testar novos produtos e divulgá-los usando canais digitais.

Quais as vantagens das Fintechs?

No geral, as Fintechs são conhecidas por oferecer produtos e serviços financeiros inovadores, com processos mais ágeis e intuitivos ao serem usados – normalmente estão disponíveis através dos computadores, tablets e telemóveis – e com custos baixos ou mesmo inexistentes para os usuários. Um exemplo são os cartões de crédito sem comissão de disponibilização (anuidade) ou as contas à ordem sem comissões associadas.

Tipos de Fintechs

  • Fintechs de Gestão Financeira (Finanças pessoais)
  • Fintechs de Empréstimos e Negociação de Dívidas (Empréstimos)
  • Fintechs de Investimentos (Investments / Equity Financing)
  • Fintechs de Eficiência Financeira (Transferências Internacionais de Dinheiro)
  • Fintechs de Seguros
  • Bitcoins

As Fintechs são reguladas?

Todas as empresas que criam produtos para este setor – sejam novos meios de pagamento ou cartões de crédito, por exemplo – têm de seguir uma série de regras e normas específicas.

Por serem geralmente empresas recentes, nem sempre as Fintechs possuem marcas reconhecidas pelo público. Para saber se uma Fintech está autorizada a exercer a sua atividade ou se esta é regulada, deverá consultar os sites das entidades de supervisão (Banco de Portugal, CMVM, ASF, ASAE).

Para mais informações sobre Fintechs, poderão ser consultados os seguintes sites:

 

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