GPS   ::  7 Maio 2020

Por que razão vai ser melhor comprar casa no pós Covid-19?

Muito se tem refletido sobre qual será o comportamento do mercado imobiliário, após estes meses críticos de confinamento. Compradores e vendedores estão de olhos postos nos preços, para perceberem se descem ou se mantêm estáveis.

Nos últimos anos, o mercado imobiliário em Portugal teve um crescimento sem precedentes. O valor das casas subiu para valores nunca antes vistos. Os compradores queixavam-se de especulação imobiliária e os preços acima do mercado, em cidades como Lisboa e Porto, atiraram as pessoas para a periferia, reduzindo qualidade de vida e gastando mais tempo em transportes e deslocações.

Agora que estamos a viver uma crise global, com impacto em todos os sectores, é ainda difícil avaliar o que vai acontecer no mercado imobiliário. Por enquanto, está tudo parado no sector tal como nos restantes, com um abrandamento generalizado na economia. 

Está claro também o medo de investir, dado o clima de incerteza generalizada. E Portugal, que vive muito do investimento estrangeiro, com as fronteiras fechadas e sem turistas, está a ser altamente penalizado por isso.

Já os portugueses estão a perder poder de compra, o que provavelmente ainda irá aumentar com o esperado aumento do desemprego, que se refletirá em menos possibilidades de comprar casa.

Ainda assim, a tecnologia tem ajudado na vendas de casas, sendo possível substituir, por exemplo, visitas presenciais por visitas online.

Segundo estudos do sector imobiliário, as novas políticas de teletrabalho levarão também a uma menor procura por escritórios ou a optar por espaços mais pequenos, fazendo com que os preços desçam. Este conceito do teletrabalho pode de futuro atrair mais pessoas para Portugal.

Em relação aos juros baixos, essa tendência deverá manter-se, o que permite antever, a médio longo prazo, uma recuperação da economia.

Os imóveis também teraõ forçosamento de descer de preço e adaptar-se à nova realidade. E em última análise, são os compradores que beneficiam com esta situação.

As mudanças esperadas no sector

  • Rendas mais baratas nas grandes cidades, com os apartamentos de arrendamento temporário a serem convertidos em arrendamentos de longa duração. Com mais casas disponíveis em Lisboa e Porto, os preços da periferia também devem descer.
  • Previsão de que as taxas de juro em mínimos históricos se prolonguem por mais tempo.
  • Queda de preços e capacitação dos compradores. É difícil ainda adiantar valores, mas o valor das casas deve sofrer uma queda de, pelo menos, 10 a 15%.
  • Vendas online que vão permitir a muitos estrangeiros investirem em Portugal, sem necessitarem de se deslocar para fazerem as aquisições. As casas poderão ser mostradas através de visitas virtuais (fotos ou 3D) e até a assinatura de um Contrato Promessa de Compra e Venda pode ser efectuada eletronicamente, eliminando a necessidade de contacto pessoal.
  • Mudança no conceito das casas, com mais espaços ao ar livre e jardins. Após o confinamento, muitas pessoas passarão a valorizar outro tipo de imóveis como casas ou apartamentos com varandas ou pátios. As casas maiores, com espaço para escritórios, também serão as mais valorizadas na hora de escolher.

 

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