Se está para comprar casa, saiba de antemão que há alguns requisitos que deve reunir para ter acesso a um crédito vantajoso.
As referências que fazemos abaixo podem não ser determinantes, mas terão sempre algum peso na hora da avaliação feita pelos bancos. Ter um fiador, estabilidade profissional e um bom salário são fatores importantes para as instituições financeiras. Mas há outros aspetos a ter em conta.
Idade: não ter menos de 25 anos ou mais de 50 anos
Se estiver nestas faixas etárias, não desanime. É possível obter um empréstimo, em princípio mais oneroso, porque as instituições bancárias não sentem tanta segurança como se estivesse no mercado de trabalho e por isso podem pedir mais garantias.
Se entrou há pouco tempo para o mercado de trabalho, o fato de não ter um histórico de crédito deixa os bancos mais receosos para emprestar dinheiro.
Por outro lado, se tem mais de 50 anos também poderá ser mais caro conseguir um crédito. Não é que não lhe emprestem dinheiro, mas cobram o risco adjacente à idade. Uma das garantias é o seguro de vida, que terá um valor mais elevado e que vai encarecendo com o passar dos anos, porque aumenta a probabilidade de falecimento antes do término do empréstimo.
O banco dificilmente financiará a 100% a compra do imóvel, pelo que é necessário ter poupanças. Às vezes, a atribuição de crédito sénior está sujeito à existência de um fiador mais jovem, que assuma a dívida em situações de incumprimento por parte do contratante.
Mas também há dados a favor de uma pessoa mais velha, como o facto de ter um histórico. Quando se tem contas ordenado, contas reforma, poupanças e outras aplicações financeiras é possível negociar melhores condições de empréstimo. Se já for reformado, a sua reforma é uma garantia real e isso é relevante no momento da negociação.
Estabilidade profissional
Os bancos privilegiam os clientes que apresentem uma situação profissional estável. Desta forma, procuram diminuir o risco de conceder crédito a alguém que perca com facilidade a capacidade de pagar as prestações. Assim sendo, é mais fácil conseguir um crédito habitação aprovado se tiver um contrato sem termo, trabalhar numa empresa financeiramente sólida e de grande dimensão ou possuir antiguidade na mesma.
Ser bom pagador
O cliente com um histórico de pagamentos limpo, tem mais facilidade em conseguir um crédito. Os bancos, quando emprestam dinheiro, tentam garantir que o consumidor paga o montante concedido acrescido de juros.
Já os clientes que tenha falhado prestações em empréstimos anteriores, podem criar reservas junto das instituições bancárias e serem enquadrados em perfis de risco.
Os bancos fazem uma análise aprofundada, por isso existem maiores probabilidades de ver o crédito à habitação aprovado se tiver uma relação rendimentos-encargos viável para apresentar.
Loan-to-Value com baixo risco
Um dos principais rácios para avaliar o risco de crédito, especialmente no crédito à habitação, é o Loan-to-Value (LTV) – ou seja, a relação que existe entre o valor de um financiamento e a garantia dada. O rácio recomendado deve ser até 75%. Quanto mais elevado for esse valor, mais difícil será negociar as condições do empréstimo porque o índice de confiança do banco diminui e a taxa de juro oferecida pode ser bem mais alta.
O LTV influencia o custo do empréstimo, já para não falar do risco. Quanto maior for o valor, maior será a taxa aplicada no crédito (spread), visto que o risco de financiamento por parte da instituição bancária também será superior. Por outro lado, quanto menor for o LTV, menor será a taxa de juro aplicada.
Existirem vários titulares no empréstimo
Os bancos sentem-se mais seguros com o facto de, no crédito à habitação, haver mais do que um titular. Porque havendo vários titulares é possível diluir o risco por ambos.
Por exemplo, se um dos titulares se encontrar numa situação profissional precária, o segundo titular poderá assegurar o esforço dos pagamentos mensais, evitando que se entre em incumprimento. Se um ficar doente ou desempregado, há sempre a alternativa do outro contraente conseguir assegurar o pagamento do empréstimo.
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